Art, // August 22, 2021

Lia Paes — ARTIST

Lia Paes

Entrevista com a artista plástica Lia Paes —

1. Fale um pouco sobre você.
Meu nome artístico é Lia Paes, sou natural de Piquete (SP)-Brasil. Sou Pedagoga e Mestra em Ciências Sociais aplicadas na Educação. Resido atualmente em Brasília e atuei como servidora pública federal. Faço parte do Sindicato Nacional de Artistas Plásticos (SINAP); Associação Internacional dos Artistas Plásticos (AIAP) e da Associação Candanga de Artistas Visuais (ACAV), da qual já exerci, voluntariamente, atividades na diretoria administrativa.

 

 

2. Por que a arte?
Por ser uma manifestação estética para a comunicação, ao usar diversos suportes, como a linguagem, os sons e as formas visuais de um estado da mente, seja individual seja coletivo. A arte, em todas as suas manifestações estéticas, expressa a beleza.

3. Qual é a sua lembrança mais antiga de querer ser uma artista?
Desde pequena, minha mãe cuidava dos afazeres domésticos e eu, sempre por perto, com meus lápis e papel de embalagem de pão, que minha mãe passava, recortava e costurava, transformando-os em um caderno na maioria das vezes. Quando não era possível, uma pedrinha na calçada era uma alternativa perfeita para a minha imaginação.

 

 

4. Quais são seus temas favoritos? Quais materiais utiliza em suas obras?
Meu tema favorito é a natureza, por sua beleza, graça, textura diferenciada e cores variadas. Do espaço sideral até um pequeno matinho florido me encantam da mesma forma.
Uso tintas acrílica e óleo por proporcionarem o efeito de luz e sombra que gosto muito, mas me aventuro em aquarelas também, com sua sutil leveza.

 

 

5. Como você trabalha e aborda o tema de suas obras?
Passei um longo tempo longe do fazer artístico e, quando retomei minha trajetória, a principal inspiração foi o que ouvi e vi com meu pai, um grande observador, que me mostrava o céu, as estrelas e os planetas. Ele dizia seus nomes e falava também sobre o clima e as nuvens. Depois vieram as flores, cuja inspiração foi minha mãe e, a partir desses dois grandes temas, que geraram suas séries, fui aos poucos ampliando-os, que ainda assim fazem partem do meu cotidiano infanto-juvenil atrelados à Pedagogia.

 

 

6. Algum artista te inspira?
Posso citar dois grandes mestres da pintura que a todo instante volto a estuda-los por suas brilhantes interpretações artísticas, o Rembrandt, com sua pintura magnífica de colocar a luz em pontos estratégicos, tornando tudo quase como uma fotografia e, também, Claude Monet, que mudou a pintura acadêmica e trouxe uma nova visão ao observador usando a pincelada para inovar o estudo artístico.

7. Quais são as melhores respostas que você teve ao seu trabalho?
Sempre me alegra quando exponho e observo a expressão das pessoas para os trabalhos expostos. Isso é um incentivo para mim, pois no olhar do observador é possível saber aonde mais é possível criar e compreender os fenômenos estéticos para seguir pintando minhas criações.

 

 

8. O que você mais gosta sobre em seu trabalho?
A possibilidade de reunir toda a minha formação cultural e acadêmica no processo de ensino, como afirma Pierre Bourdieu “A cultura é o conteúdo substancial da educação (….) e uma não pode ser pensada sem a outra”.

9. Você tem alguma outra atividade, além de ser uma artista plástica?
De formação acadêmica, sou Pedagoga. Atualmente, aposentada dos meus serviços anteriores, destinando-me integralmente à arte.

 

 

10. Quais as suas principais participações em exposições?
Cito a exposição “COSMOS”, da série “UNIVERSO”, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDF), que obteve uma repercussão muito gratificante.
Também a exposição “FLORES”, no mesmo ano na Universidade Católica de Brasília (UCB), campus Taguatinga, que recebi os alunos do curso de Biologia e houve uma interação fantástica.
Ainda da série “FLORES”, aconteceu no Espaço Galeria Teatro Garagem, a exposição “MENSAGEM”, em que abordei a Linguagem das Flores e o seu significado na Era Vitoriana e pessoas de um Lar de Idosos que foram visitar a exposição e que muitos conheciam a linguagem das flores.
A participação na exposição “LATINOAMERICA LO QUE NOS UNE”, com a participação de nove países da América Latina, em cujos artistas puderam manifestar a sua arte esteticamente, mostrando as tendências conceituais e culturais da América Latina.

 

 

11. Que conselho você daria para outros artistas ou futuros artistas?
Acredite no seu potencial e no trabalho de suas mãos. A arte passa por todos, está em todos e transcende a permanência de suas ideias, além de comunicar-se através das manifestações culturais de cada indivíduo.
12. Onde você se vê daqui a 05/10 anos?
Almejo disseminar a arte por toda parte.

 

 

13. Planos para o futuro.
Espero que tenhamos condições melhor e mais acessíveis de arte no país, afinal, sem arte e educação sempre estaremos em falta com algum aspecto da nossa humanidade e de transmitir nosso legado para gerações futuras.

 

Lia Paes

 

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“O corpo luminoso nas pinturas de Lia Paes”

Tons rebaixados conferem uma atmosfera intimista às pinturas de Lia Paes. Em algumas mais, em outras menos, fundamenta-se a dramaticidade, porém, suavizada pela poética e confrontada pelos pontos de luz inseridos pontual e conscientemente nas imagens.
Devido ao contraste entre a luz e a escuridão, nas pinturas de flores, por exemplo, as pétalas adotam um brilho muito vívido e intenso, que sugere, ainda por cima, sua textura delicadíssima.
Enquanto nas pinturas abstratas, devido ao forte contraste em alguns casos, chega a parecer que a pintura emite luz própria, como um simulacro da pura vibração de astros luminosos.
Desde a iluminada beleza das flores, frutas e paisagens, até a imensidão do Universo, a artista traz para suas pinturas o mistério existente entre esses dois opostos, que são a luz e a escuridão. Estas que, como disse Goethe, precisam coexistir para gerar a harmonia na pintura. Fato é que essa relação jamais exige proporções igualitárias e determinadas para gerar efeitos harmoniosos.
No caso das pinturas de Lia Paes, luz e escuridão atuam sempre em harmonia e em diferentes intensidades, convidando-nos, portanto, quando em conjunto, a percorrer por distintas e prazerosas emoções.
Texto: Ana Mondini

 


 

Ana Mondini

 

Ana Mondini — Crítica de Arte, Doutora em Filosofia, Artista Plástica, Idealizadora da “Galeria Virtual – Filosofia & Arte” e do canal no YouTube “Entrevista com Artistas & Afins.”

 

 

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Edmundo Cavalcanti

 

Edmundo Cavalcanti é nosso colunista de artes para Arts Illustrated em São Paulo, Brasil.

 

 

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