Art, // September 30, 2018
Rafael Murió — ARTIST
Entrevista com o artista Rafael Murió —
1. Fale um pouco sobre você.
Nasci em São Caetano do Sul/São Paulo/Brazil, mas vim morar no bairro da Mooca em São Paulo/Sp/Brazil aos 2 anos de idade. Meu pai nasceu na Mooca. Comecei a desenhar e pintar aos 9 anos de idade quando tive minha primeira professora de pintura que se chamava Dona. Norma. Uma dedicada professora de pintura que dava aula para crianças no bairro. Com 10 anos fui ter aula com o mestre Enrico Bastiglia, na época um dos únicos pintores vivos que pintavam afrescos em igrejas de São Paulo. Mas o tempo foi passando e pude conhecer diversos artistas nacionais e internacionais em viagens que tive com meus pais. No exterior desenvolvi minha técnica e estilo através de viagens e estudos feitos em museus e ateliês de artistas plásticos na Espanha, Portugal, Paris, Alemanha, Itália e USA.
Num certo momento de minha vida fui um comprador e vendedor de arte em leilões. Num certo momento um deles me descobriu como um artista plástico. Passei a ter meus quadros em leilão de arte e daí para o profissionalismo foi um pulo. Através deste leiloeiro conheci outros que colocaram meus trabalhos em seus leilões. Galerias de arte vieram e começaram a ter também minhas obras. De repente estava eu em exposições no exterior e não pararam mais. Recebi diversos prêmios de arte, participei de diversos anuários de arte pelo mundo. Hoje meus quadros estão presentes em acervos de grandes colecionadores, principalmente europeus, americanos e australianos. No Brasil, podem ser encontrados nos principais leilões do mercado de arte, além de galerias e museus. No exterior possuo obras em Portugal, Espanha, França, Itália, Austrália, Suécia, China, Rússia, USA, Grécia, China, Japão, México entre outros.
Meu trabalho esteve em importantes mostras e galerias, como a Puroarte, na Espanha, a Artexpo em New York e a World Fine Art Gallery, nos Estados Unidos (Nova York – Washington – Miami – San Francisco – Chicago), a Art Meeting in London ”, na Inglaterra, Unidos na Arte Brasil/Portugal II, Exposições Internationais de Barcelona-Espanha/ Roma-Itália LondresInglaterra / Toulose-França / Berlim-Alemanha / outras exposições em Portugal, China, Japão, Museu do Louvre, França/ Salons des Indépendants/ Salon Figuration Critique e a Poésie Visualle dans Paris, na França e Museu Pablo Neruda no Chile. Sou filiado à Associação Internacional de Artes Plásticas (AIAP UNESCO), à Academia Latino-Americana de Arte (ALA), Academia Brasileira de Arte Cultura e História (ABACH), à Associação Paulista de Belas Artes (APBA) e ao Sindicato dos Artistas Plásticos no Estado de São Paulo (SINAPESP).Em fevereiro de 2015 fui homenageado pela Rede Globo de Televisão, através do programa do Faustão, em 3 programas sucessivos sua vida e suas telas foram expostas para mais de 50.000.000 de pessoas em 160 países.Em 2017 foi convidado pela TV Globo (TV Vanguarda) para ser um dos artistas participantes com uma obra criada para a comemoração da Celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, exposta oficialmente no Museu da Basílica de Nossa Senhora Aparecida.
2. Por que a arte?
Por que a arte é meu meio expressão. A minha forma de comunicação com o mundo. Ela me permite conhecer pessoas. E uma das coisas que mais amo na vida é conhecer pessoas.
3. Qual é a sua lembrança mais antiga de querer ser uma artista?
Como disse comecei aos 9 anos de idade não só a pintura mas a música também. Tive a oportunidade de aos 10 pros 11 anos de idade tocar na Jovem Guarda. Tive o primeiro conjunto infantil do Brasil chamado THE LITTLE BOY’S. Lembro até do meu primeiro quadro que vendi. Bárbaro!
4. Quais são seus temas favoritos? E quais materiais utiliza?
Eu comecei pintando flores. Nos leilões de arte flores e marinhas eram as obras que mais se vendiam. E foi o que fiz. Só que pintava dentro de minhas características. Basicamente eu gosto de trabalhar com tinta acrílica. Mas uso de tudo na pintura. Carvão, bastão de óleo, aquarela, etc.
5. Como você trabalha e aborda o tema de suas obras?
Eu desenho muito. Eu não tenho uma regra básica. De verdade nunca sei o que vou fazer. Não faço estudos para os meus trabalhos, a não ser quando é um pedido de um comprador. Sento na frente da tela e começo a pintar. Depende do dia eu vejo um tema, depende do dia eu trabalho com uma linha de cores, depende do dia trabalho com outras linhas de cores. As vezes com pincel, às vezes com espátula, às vezes com a mão, às vezes…. às vezes…. às vezes…
6. Algum artista te inspira?
O meu símbolo sempre foi Van Gogh. Na linha nacional de pintores tenho como padrinho o Aldemir Martins. Tenho um apreço pelos artistas nordestinos e africanos. E hoje os artistas do Grafitte.
7. Quais são as melhores respostas que você teve ao seu trabalho?
São várias. Primeiro sempre a venda. Segundo o reconhecimento do mercado do trabalho e do artista. Terceiro os convites que tenho a nível nacional e internacional de pintar e expor meus trabalhos.
Vou contar uma passagem que vi do Aldemir Martins…. um artista chega para ele diz “Aldemir… acharam incrível o meu trabalho”, Aldemir pergunta: “Compraram o seu trabalho?”, o artista responde: “Não”. Aldemir complementa: “Então de verdade não gostaram do seu trabalho…quem gosta compra!”
8. O que você mais gosta sobre em seu trabalho? Quais as suas principais participações em exposições?
Na verdade, o que mais gosto é quando consigo termina-lo. É fácil começar…. mas para termina-lo….
As 5 principais participações e mais recente – Este ano eu só tive algumas participações em exposições nacionais e fora do Brasil na Artexpo em New York e o Museu do Louvre na França. Passei um ano me preparando para alguns projetos especiais no ano de 2019.
9. Que conselho você daria para outros artistas ou futuros artistas?
Primeiramente que eles entendam a sua carreira como uma empresa e você como um produto. A partir do momento que o novo artista decidir se tornar um artista, seja qual for o segmento da arte, ele se tornará um produto, queira ou não queira, e o seu objetivo principal será vender esse produto, ou seja, quadros, esculturas, desenhos, etc. Em segundo momento: Que Planejem sua carreira e saibam onde querem chegar, não esquecendo que a estrada é longa e difícil, mas não impossível. Num terceiro momento: cresça na sua região. Não sonhe em ganhar o Brasil ou o mundo se não ficar famoso dentro de sua cidade e região. A vida é feita de degraus…. todo o dia a gente aprende a subir um por vez.
10. Onde você se vê daqui a 05/10 anos?
Com meu novo ateliê e morando na Austrália.
11.Planos para o futuro.
Aumentar a minha participação nos mercados da Austrália, China, Japão e Rússia.
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Edmundo Cavalcanti é nosso colunista de artes para Arts Illustrated em São Paulo, Brasil.